sexta-feira, 11 de abril de 2014

O PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA

PRECONCEITO é uma palavra horrível, abominável para a qual geralmente olhamos com olhar de "cruz credo","deus me livre" e "ora veja!" Como se estivéssemos muito longe dessa coisa feia. Será ?
Mas o que é mesmo preconceito?
Pré - antes. É um conceito antecipado, feito com precipitação, contaminado com ideias e impressões pessoais. Alguém enquadra uma questão, uma pessoa, um fato, uma ideia, no seu olhar limitado, errôneo, baseado na ausência de conhecimento sobre a questão. É um julgamento e uma condenação “a priori”.
Nós, seres humanos, guardamos muitas incoerências. Estamos tão distanciados nos nosso processos internos que não nos damos conta das cascas de banana que colocamos sob nossos próprios passos. E saímos pela vida cunhando rótulos que só servem para todos os outros, menos para nós. Quem de nós não tem preconceito?
Por falar nisto, você conhece alguém que assume que assiste novela? Ou que vê Bigbrother? Pouquíssima gente, né? A se julgar pela escassa estatística dos que revelam o seu pecado, a Globo já teria aberto falência. Por que será que as pessoas escondem que veem? Preconceito, medo do preconceito, medo de serem julgadas, rotuladas? Você não pode ver novela por distração ou prazer. Se vê, é porque é burro e desinformado.
Hoje em dia todos estão com as barbas de molho em relação a discriminar negros e homossexuais. Moleza fingir . Mas alguém se dá conta dos outros preconceitos “menores” , socialmente aceitos? E os gordos, e os velhos? "Você se veste mal! Parece uma velha!" E os índios? "Vai fazer programa de índio" E tantas coisas mais! Mora no subúrbio (farofeiro e brega) ; usa tatuagem (drogado); pobre (não sabe se portar em ambientes finos); gosta de se vestir bem (patricinha); é malhado (burro); o pai tem posses ( riquinho besta) e por aí afora. Talvez devamos olhar na cara do preconceito nosso de cada dia, sem preconceito. Se você percebe o seu - e muda, quem sabe o mundo muda?

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