domingo, 27 de abril de 2014

MEU AMOR, ASSIM...



Meu amor fala pouco.
É quieto, quase silente.
Às vezes diz em monossílabos,
Ou apenas em olhares e sentidos.
Só o sente,
Quem tem mais pele e menos ouvido.
Ele está aqui.
Verdadeiro. Forte. Sereno.
Às vezes não serve, nem sacia,
A quem deseja amor com açúcar demais.
Porque já de si mesmo é sabor.
Meu amor nutre, não mata a fome.
A fome de amor
É de quem tem fome de si, não de mim.
Meu amor não tem nome.
Não se dá título disso ou daquilo,
Nem se oferece. Abre as portas.
Meu amor não faz bravata.
Abraça quando sente.
E se mostra quente,
Quando não está frio.
É amor quando é!
Diz pouco em verbo.
Mas diz sempre.
Em atos e gestos.
E em versos,
À vezes...

(Ray do Vale)
Dez 2013 / Jan 2014
www.ray-vale.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário