domingo, 25 de janeiro de 2015

OUVIR...

Muito ruim, quando num momento dificil, a gente se abre numa confidência, ou num desabafo e o outro, ao invés de escutar, vem logo dando uma solução do tipo: "deixa pra lá!" "não liga pra isto!" "mas também! tú fez por onde!"
Melhor é o silêncio compreensivo e atento, ou simplesmente diz algo como: "é... sei como é difícil..."

PARA ALANA

Ela ontem concluiu sua matrícula na UNAMA, Direito. Fiquei muito feliz e grata à Vida, por tudo que me devolve! Meu último rebento dando passos importantes rumo à independência. Não tenho dúvida de que fará uma carreira brilhante. Escrever e argumentar é o de que ela mais gosta. (além de McDonald, claro!) Sempre que alguém me pergunta se tenho medo de morrer, respondo: não, porque sei que aqui é apenas um estágio da vida - que é muito mais que a pequena experiência no plano físico. Mas, como toda mãe normal, desejo ver meus filhos independentes de mim, antes de terminar esse estágio. Que Deus te guarde, ilumine e guie, filha! Orgulhe-se de você, celebre suas conquistas e entre com coragem e fé, que a Vida é benigna e devolve em abundância tudo aquilo que plantamos.

E...

E chega aquele momento em que você nada mais tem a dizer, ou fazer... É como chegar à beira do abismo, sem possibilidade de volta. É atirar-se e flutuar...

A RAINHA ESTÁ NUA?

O rei está nu! ou A rainha está de bege!
Fico a imaginar em que medida podemos contribuir para melhorar o Brasil, perdendo nossa preciosa energia em apontar uns quilos a mais ou uma cor a menos no corpo ou no figurino de um governante, como se isto fosse uma questão de alta valia... Independente de aprovarmos ou não a pessoa e sua atuação, o que muda, se ela não atende ao modelo de beleza que a sociedade tiranicamente sentencia, incluindo e excluindo quem não se enquadra? Qual a diferença se a criatura - governante ou cidadão comum - tem rugas, pneuzinhos, se é jovem ou maduro, homo ou hetero, se parece um cabide ou um tonel, se é branco, preto ou cinza? Lembro de uma eleição em que Almir Gabriel perdeu para o seu tempo de vida. O adversário deitou e rolou na "velhice" do cidadão.
É quando a ideologia política cede espaço ao preconceito e vamos reforçando, inadvertidamente, os exigentes, magros e musculosos padrões expostos em todas as vitrines; sem pensar, acabamos sintonizando com a dança frenética vendida pelas "oficinas" de mulheres e homens anabolizados e de corpos impecáveis (impecáveis!?). Há muita gente, inclusive adolescentes e crianças, perdendo a vida, a saúde e o senso de realidade nesta busca louca da beleza seca, medida e milimetrada. A peso de ouro! E de muito mais!

DEUS

O homem sussurrou:
"Deus, fale comigo"... e um passarinho cantou. Mas o homem não ouviu.
Então, o homem gritou:
"Deus, fale comigo"...
E trovões e raios apareceram no céu.Mas o homem não notou.
O homem olhou em volta e disse:
"Deus, deixe-me ver o Senhor" E uma estrela brilhante apareceu. Mas o homem não percebeu.
O homem gritou:
"Deus, mostre-me um milagre". E uma vida nasceu.Mas o homem não reparou.
Então, o homem clamou em desespero:
"Toque-me, Deus, e deixe-me saber que o Senhor está aqui"... Ao que Deus o tocou suavemente. Mas o homem espantou a borboleta que pousara no seu ombro.

CONSTELAÇÕES FAMILIARES DE BERT HELLINGER


Os nossos laços afetivos com a família são muito poderosos, principalmente quando não temos consciência disso. Continuam atuando em nossa vida e, muitas vezes, somos prisioneiros de acontecimentos ocorridos em gerações passadas, dos quais não temos conhecimento.
A terapia das Constelações Familiares é um método que visa trazer à consciência a dinâmica que está oculta e que pode estar causando sofrimento a uma pessoa, através da repetição de padrões que pertencem à sua história familiar. Ajuda a fechar pendências familiares, deixando cada pessoa com sua própria responsabilidade e seu lugar de dignidade na família.
A origem de muitos dos nossos problemas, inclusive doenças graves, suicídios, dependências, desorganização da estrutura familiar podem estar nos emaranhamentos com antepassados.
(Próximo encontro: 28/01/2015)

GUARDADOS


Memórias, fragmentos da jornada do coração. Tudo contido na moldura do silêncio. Tão calorosa e tão fria... Na lembrança deles o que ficará? O que lhe contarem, talvez... Na minha, o maior amor possível neste mundo de amores pequenos... O mais é distância. Comigo ficou o olhar do palhacinho (triste?). Ah! E a fralda amarelada, repousando quieta, entre tantos pequenos tesouros, no baú da saudade. Onipotente e impotente saudade.

sábado, 3 de janeiro de 2015

O rei está nu! ou A rainha está de bege!


Fico a imaginar em que medida podemos contribuir para melhorar o Brasil, perdendo nossa preciosa energia em apontar uns quilos a mais ou uma cor a menos no corpo ou no figurino de um governante, como se isto fosse uma questão de alta valia... Independente de aprovarmos ou não a pessoa e sua atuação, o que muda, se ela não atende ao modelo de beleza que a sociedade tiranicamente sentencia, incluindo e excluindo quem não se enquadra? Qual a diferença se a criatura - governante ou cidadão comum - tem rugas, pneuzinhos, se é jovem ou maduro, homo ou hetero, se parece um cabide ou um tonel, se é branco, preto ou cinza? Lembro de uma eleição em que Almir Gabriel perdeu para o seu tempo de vida. O adversário deitou e rolou na "velhice" do cidadão.
É quando a ideologia política cede espaço ao preconceito e vamos reforçando, inadvertidamente, os exigentes, magros e musculosos padrões expostos em todas as vitrines; sem pensar, acabamos sintonizando com a dança frenética vendida pelas "oficinas" de mulheres e homens anabolizados e de corpos impecáveis (impecáveis!?). Há muita gente, inclusive adolescentes e crianças, perdendo a vida, a saúde e o senso de realidade nesta busca louca da beleza seca, pesada e milimetrada. A peso de ouro! E de muito mais!

(A propósito da roupa que a Presidente vestiu na cerimônia de posse, em 01/01/2015)