segunda-feira, 6 de julho de 2015

Ah, a Vida! Por que ela não é perfeita?


Eventos da experiência comum, como seu time perder, frustrações afetivas e profissionais, ou algo que não sai como esperávamos, revelam os padrões comuns de comportamento, emoções e sentimentos humanos. Poucas pessoas enfrentam bem as situações de perda e de suposta derrota - sua e dos outros. E essa é a fonte das dores mais agudas da existência humana. Nosso maior engano é esperar que a vida seja perfeita, que as pessoas sejam perfeitas, que nós sejamos perfeitos e que nada saia do prumo. Sabemos que não é assim. Mas não sabemos, de fato... “Como pode ter acontecido?” Aí a vergonha, o sofrimento e a mágoa chegam pisando forte, quando Dona Vitória fecha a carranca. Se perdem uma competição, os atletas deixam a arena humilhados, de cabeça baixa, como se só houvesse dignidade no levantar o troféu; e se explicam, e se explicam, e pedem perdão, perdão... Cumantão? diria o caboclo! E o outro, o adversário? Não tem seu dia também? Jovens se escondem, vomitam e deprimem porque não passaram no vestibular; amantes se abandonam e se perdem nas expectativas infantis não atendidas.
Não é numa pista de mão única que a vida anda. Não há um jeito só. No mínimo, há dois jeitos. Sim e não, alto e baixo, feio e bonito, sombra e luz, viver e morrer. Quem pode ignorar essa dualidade, sem se quebrar todo? Nem tudo é glamour e salto alto! A vida precisa ser considerada por inteiro, doendo ou não. A qualquer momento surge o inesperado, vindo de fora ou brotado dos desconhecidos porões do nosso EU. Viver o real ás vezes é duro, sim! Mas é sempre melhor que voar sem olhos, ignorando a vidraça - e estilhaçar-se com ela.

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