domingo, 16 de abril de 2017

O OUTRO, MEU ESPELHO...

Todos nós temos muita dificuldade em admitir nossos sentimentos negativos e somos hábeis em negá-los. Uma boa forma de escamotear o que ainda está em nós é apontar a distorção no outro. Geralmente esse outro é nosso melhor espelho. Há sinais muitos seguros desse espelhamento: "não suporto gente que...". "não admito que alguém faça isso ou aquilo:.." "sou incapaz dessa ou daquela atitude!...". E por aí afora.
Tememos a nossa negatividade porque temos a ilusão de que devemos ser perfeitos agora, já! E de que nossos muitos "defeitos" excluem nossas muitas qualidades. Não reconhecemos que somos bons e maus, alegres e tristes, egoístas e amorosos, cruéis e generosos; somos luz e escuridão; campo florido e porão escuro. Somos isto E aquilo, e não isto OU aquilo. Olhar cada parte nos faz inteiros e reais. Se desejamos ser melhores, precisamos admitir a sombra que pode e quer clarear. Não se transforma aquilo que é negado. Sem atravessar os nossos pântanos não chegamos à consciência do Divino em nós.

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