segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A CARA DO MEDO


Não é negando o medo que se vence o medo. Nem é sufocando a tristeza, a frustração ou a mágoa que você vai ultrapassar saudavelmente essas emoções. "Esquecer", jogar uma pá de cal, empurrar para o porão aquilo que lhe marcou pode ser um caminho falso. Mais tarde esta energia pode subir à tona em circunstâncias fora de controle, numa reação desproporcional ao fato. Ou o corpo drena; então a pessoa adoece, deprime, ou desaba em fúria e mágoa sobre alguém, sem saber como nem por quê. Olhar de frente, dialogar com o sentimento presente, questioná-lo é sempre o melhor caminho de cura.
Uma boa forma de apoiar um estudante às vésperas do vestibular, por exemplo, é ajudá-lo a olhar na cara do medo: medo do “concorrente”, medo do medo , medo de desapontar os pais; e até o medo de não dar dividendos comerciais ao curso onde estuda. Com essa permissão ele rende muito mais e encara com mais calma o momento decisivo. O contato verdadeiro com a realidade interna sempre oferece mais recursos do que fugir dela. Não se pode domar um bicho que não se vê."
Ray do Vale
www.ray-vale.blogspot.com

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