sexta-feira, 25 de outubro de 2013

QUEM É ELE, QUEM É ELA?



Eu conheço uma mulher,
Tão absolutamente feminina,
Que não tem medo de ser menos,
Nem deseja ser mais.
Ela e ele são um e são dois.
Ela é.
Ele é.

Simbióticos, às vezes,
Separados, logo mais.
Há um alarme que desperta
E cada um sabe a hora certa,
De ir e de dar meia volta.
Cada um sabe o do outro
E o seu lugar.
Ninguém força a porta.

Eu conheço uma mulher
Que se enfeita e se sabe forte e bela.
Perfume e fantasia.
Leoa e Gazela.
Por ele e pela prole,
Enfrenta o mundo inteiro.
E em troca ela tem, com toda honra,
O respeito e o amor do seu Guerreiro.

Dá a ele reverências,
Com todos os louvores,
E é honrada com o perfume
De dos os amores.
Não se conta, não se pesa, não se mede.
É tudo natural.
Eles não conhecem
A contabilidade do casal.

Ninguém sabe quanto deu.
Quanto deve, quanto recebeu.
Quanto fica, quanto quer ganhar.
Quanto falta, quanto amar?
Se um é outro, o outro é um
Pra que contar?

Contadas mesmo, medidas, milimetradas,
Só as saladinhas inventadas
Verdes, verdes, rubras, amarelas,
Feitas para ele.
(Nada a ver com um Dragão Real!)
Grãos, folhas, verdadeiro matagal.
Temperadas de carinhos,
Mas insossas de sal.
(Ray do Vale
out/ 2013)

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