segunda-feira, 19 de novembro de 2012

RESPOSTA A UMA AMIGA SOBRE SEU CONFLITO COM SUA CRENÇA RELIGIOSA

Querida,
Sobre sua pergunta: "Me pergunto e agora, meu Deus, a que grupo religioso vou pertencer?". Há uma parte sua que quer se libertar dessa amarra (isto é bem seu! liberdade, liberdade!) e há outra parte sua que deseja ainda pertencer ao grupo religioso. Analise e ouça essas duas partes conflitantes.
Veja só: pertencer a um grupo religioso é uma necessidade humana que deriva da tendência que todos nós temos para buscar algo maior, algo divino, algo melhor do que aquilo que vivemos; enfim, a nossa busca de DEUS. É a busca do nosso coração. A Humanidade sempre viveu essa busca e adorou o Sol, as estátuas, os deuses, as deusas, a natureza, etc. Para isto precisou agrupar-se, formar organizações, grupos. Quando a nossa compreensão de espiritualidade e religiosidade vai se ampliando, essa necessidade vai diminuindo, porque aprendemos a vivenciar Deus de outras formas, sobretudo aprendemos a vivenciar Deus em nós, em nossa ação, em tudo o que existe.
Veja qual é a sua necessidade; você ainda precisa de uma religião para vivenciar a sua espiritualidade? Se precisa, siga sua alma e seu coração. Ter uma religião não é algo ruim. Às vezes a gente pode ficar na religião por amor: amor às pessoas, ao compromisso, ao trabalho. Pode-se ficar também para treino de humildade. Quando a gente avança um pouquinho na compreensão nova, vem um certo sentimento de "sou melhor"! Há coisas boas no seu grupo religioso? O que você pode dar a esse grupo? Que luz você pode levar? Quer dar algo ? Ou não?
Uma coisa é certa: não é uma lei externa que deve nos comandar. Mas a nossa lei interna.
Se não precisa do Grupo e se o grupo não precisa de você, mais uma vez ouça seu coração. Busque qual é o comando interno que lhe impõe que você frequente uma religião. Vou levantar algumas possibilidades: lealdade à religião dos pais? Lealdade aos amigos que ainda pertencem ao Grupo? Dificuldade em retirar a sua ajuda que pode ser boa? Imposição social de que todo mundo tem que ter uma religião? Vergonha de parecer "perturbada" porque abandonou sua tarefa?
Vou lhe oferecer uma dica: abraçar o Xamanismo ou outra crença qualquer não implica abandonar a antiga. Há coisas que convivem bem, sem incongruências. O que importa é você perceber qual é o seu desejo e sua necessidade.
Veja o que significa o Espiritismo pra você? É o mesmo que significa o seu marido? Aquele que cobra, que impõe, que prende, que limita, que exige?... Melhor separar? Vou lhe mandar duas palestras que talvez lhe ajudem a compreender essa sua "briga" com a autoridade, com o que limita, prende, impões, proíbe.
Vá devagar, sim? Ore, medite, peça guiança. A resposta virá. Se não vier com muita clareza, aceite isto. Nem tudo fica claro de uma hora para a outra. Ficar na confusão também pode ser um importante passo. Um abraço. Fique com Deus!

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